segunda-feira, 23 de julho de 2012

Esquema táctico 2012/2013

Tendo em conta os jogos da época passada desde a chegada de Sá Pinto e os 2 jogos de pré-época que vi, acho que ao longo da época vamos ter um Sporting a jogar em 4x2x3x1 e as suas variantes (ás vezes, semelhante a um 4x3x3).
E na minha opinião, é o modelo táctico que melhor encaixa no nosso plantel.

É um modelo que busca dominar a posse de bola com qualidade. O Sá pretende um futebol envolvente, com laterais atacantes, os extremos a entrar em diagonais para a área e a aparecerem em zonas de finalização, os médios a compensarem a subida dos laterais ou (quando possível) eles próprios a tentarem investidas à baliza e com um 10 a ser o estratega da equipa, de quem se esperam inúmeras assistências. Chegando a este ponto, com a equipa entrosada, acredito que poderemos ter uma época de bom futebol em Alvalade (algo que não vemos há algum tempo).

Mas, tal como disse em cima, este sistema adaptar-se-á consoante o adversário. O factor casa/fora, também será determinante.

Categorias adversários
Equipas equivalentes: Porto, Benfica (e, talvez, Braga)
Equipas inferiores: as restantes da Liga Zon Sagres
Equipas superiores: na Liga, nenhuma. Nas competições Europeias, a partir dos oitavos-de-final, onde nos poderá voltar a calhar uma equipa da valia do Manchester City ou Bilbao. Com o decorrer da época, Porto e/ou Benfica, podem ser inseridas nesta categoria.

CASO 1- Jogos em casa / fora, contra equipas mais fracas (e mais defensivas):

O que se espera nestes casos? Que o Sporting saiba dominar o jogo, com qualidade. Para isso, necessitamos de laterais ofensivos e centrais rápidos (visto que jogaremos com a defesa bastante subida). O duplo-pivot do meio-campo terá de ser formado por jogadores com bastante pulmão, capazes de atacar e defender com bastante intensidade. Os extremos não se pode limitar a jogar pela linha, têm de procurar constantemente a zona central.
Sem bola, temos exercer uma pressão constante e saber jogar com o fora-de-jogo. Tudo para evitar o contra-ataque adversário.
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CASO 2 - Jogos em casa, contra equipas equivalentes OU Alturas do jogo em que seja necessário defender o resultado, contra equipas mais fracas - semelhante a um 4x3x3

Comparativamente com o 1º caso, uma situação mais defensiva. Ainda assim privilegiaremos a posse de bola, mas ao mesmo tempo, teremos uma atenção redobrada ao contra-ataque adversário. A defesa jogará mais recuada. No ataque, jogarão os jogadores mais rápidos. Os extremos terão de acompanhar sempre a subida do lateral adversário. O próprio ponta-de-lança, terá de vir buscar bastante jogo mais atrás e aos flancos (onde normalmente há mais espaço). Os laterais não terão tanta liberdade para subir no terreno (embora, ainda assim, o façam). Os centrais terão de ser mais posicionais. No duplo-pivot do meio-campo, jogará um jogador de características somente defensivas (Rinaudo ou Gelson) e um box-to-box.
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CASO 3 - Jogos fora, contra equipas equivalentes OU Jogos em casa/fora, contra equipas superiores

Lembram-se do jogo com o City? Pois, este é o caso.

A atacar (com bola): cabe ao médio-ofensivo pautar o jogo do Sporting. Os médios-ala e o ponta-de-lança terão ser rápidos para apanhar as bolas metidas nas costas da defesa contrária. Os laterais raramente chegarão ao último 1/4 do campo, embora tenham de oferecer o apoio aos médios, sempre atentos ao espaço deixado nas costas.

A defender (sem bola): 11 jogadores atrás da bola, formando 3 linhas de pressão (numa espécie de 4x4x2), visto que o ponta-de-lança recua para perto do médio-ofensivo. A defesa totalmente recuada, com jogadores com bom poder de choque. Pressão constante, sem ceder espaços, principalmente na zona do meio-campo. O duplo-pivot, terá funções maioritariamente defensivas e ordens para arriscar pouco no ataque
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Acredito que a linha de raciocínio do Sá não andará muito longe disto.
Estão todos convidados a criticar e comentar.

SL

4 comentários:

  1. Consigo concordar consigo em larga escala , contudo assusta-me ver que teremos de queimar jogadores de top no sector do meio-campo. Falo por exemplo do caso do Adrien Silva, que quase nem jogará no Sorting , poi a concorrência como Schaars , Matias, Rinaudo é fortíssima , aliado a necessidade de jogar de Elias , pois é igualmente de top , ás oportunidades que terão de ser dadas a André Martins e o facto de labyad e pranjic poderem também jogar no meio campo. ...... E reparo depois na falta de soluções válidas a wolfswinkel , contudo gosto de rubio e w.eduardo , mas para 3ºopção ...

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    1. É um facto.
      O nosso meio-campo tem jogadores a mais. E o problema é que esses jogadores a mais, são de qualidade.
      Temos, muito provavelmente, o meio-campo mais forte de Portugal.
      Acredito que ainda sairá um elemento do meio-campo e outro da defesa.

      Quanto à questão do Ponta-de-Lança, tenho a certeza que a posição será reforçada. O próprio presidente o admitiu.

      SL
      http://www.facebook.com/jdealvalade

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  2. no "CASO 1- Jogos em casa / fora, contra equipas mais fracas (e mais defensivas):"

    julgo que o Sporting tem a OBRIGAÇÃO de jogar com dois avançados e pronto. como o deverá fazer e quem tirar do meio campo ou da defesa é problema do treinador. na minha modesta opinião, e já que penso que no que diz respeito a centrais temos um que descai para a esquerda (Rojo) e um para a direita (Boularouz), era juntar-lhes ao meio o Onyew/Xandão. Nas alas temos jogadores que fazem o corredor todo, logo, apostava num 3-5-2 ofensivo, ou numa variante similar. Contra equipas mais fracas, ou que se fecham, temos de ATACAR. Perdemos muitos campeonatos nos jogos com as equipas "pequenas"... o do ano passado é um exemplo disso.

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    1. Não acho que seja por aí.
      É possível jogar um futebol atacante com apenas 1 avançado (Real Madrid, por exemplo), assim como é possível apresentar um modelo mais defensivo com 2 avançados (Inter de Mourinho contra o Barça, por exemplo).

      Se quisermos que o Sporting apresente um futebol ofensivo, o que importa são as rotinas de jogo. Saber pressionar o adversário, saber jogar com a defesa alta, saber jogar em espaços curtos, saber guardar a bola no meio-campo, saber meter bolas na área pelo centro do terreno, etc.... Isto é o que importa, independentemente do nº de avançados!

      Um 3-5-2, não é sinónimo de futebol atacante!
      Aliás, um 3-5-2 com 3 defesas-centrais (e não 3 defesas), será muito provavelmente uma opção bem mais defensiva que um 4-2-3-1 (por exemplo).
      Para além disso, acredito que um 3-5-2 seria difícil de adaptar ao futebol português. Muito provavelmente, as equipas "pequenas" teriam alguma facilidade em jogar contra outra em 3-5-2, visto que seria mais fácil explorar as nossas alas em velocidade e contra-ataque.

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